Por: Cauê Pixitelli | Publicado em 18 de outubro de 2017

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 Hanseníase é uma doença crônica

 A Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria de Saúde, participa até o dia 27 da Campanha Estadual de Orientações sobre Hanseníase. Durante o período, todas as unidades de saúde irão disponibilizar folhetos com informações sobre sintomas e tratamento da doença. A iniciativa tem o apoio da Acil (Associação Comercial e Industrial de Limeira), que encaminhará o material de divulgação da campanha aos associados.

 A hanseníase é uma doença crônica, causada pelo Bacilo de Hansen – descoberto em 1873 pelo médico norueguês Amaneur Hansen. A enfermidade atinge principalmente pele e nervos, e se não tratada, pode levar a sérias incapacidades físicas. Segundo Amélia Maria P. da Silva, coordenadora da Vigilância Epidemiológica, os primeiros sinais são manchas avermelhadas ou esbranquiçadas na pele, que não coçam, não causam dor e não incomodam. “Em alguns casos, podem surgir sensação de formigamento e dormência nas áreas atingidas”, frisou.

 O contágio ocorre pelo convívio direto e prolongado, por meio da respiração de gotículas eliminadas no ar pela tosse, pela fala e pelo espirro de uma pessoa com hanseníase. Por esse motivo, após o diagnóstico é preciso desencadear um processo de “busca-ativa”, ou seja, fazer a investigação epidemiológica de todos aqueles que conviveram com o paciente nos últimos cinco anos.

 Amélia ressalta que a Hanseníase tem cura e o tratamento é oferecido de graça pela rede de saúde pública do município. O paciente deve procurar a unidade de saúde mais próxima. Informações também podem ser obtidas na sede da Vigilância, que fica na Av. Ana Carolina Barros Levy, 650, no Centro. Telefones: 3442-5984 ou 3441-1914.

Quadro mundial da hanseníase

 Há três décadas, a incidência da doença vem caindo consideravelmente em escala global. Leprosários fecharam as portas e a hanseníase passou a ser considerada uma doença que poderia ser tratada em hospitais e no âmbito da atenção primária à saúde.

 Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), referentes a 2014, apontam a existência de 175.554 pacientes em tratamento contra a doença no mundo, o que correspondente a uma prevalência de 0,25 por 10 mil habitantes. Desse total, 94% eram originários de 13 países: Bangladesh, Brasil, República Democrática do Congo, Etiópia, Índia, Indonésia, Madagascar, Mianmar, Nepal, Nigéria, Filipinas, Sri Lanka e República Unida da Tanzânia.

 No Brasil, números divulgados em janeiro pelo Ministério da Saúde indicam redução de 34,1% de casos novos diagnosticados com hanseníase, passando de 43.652 diagnosticados no ano de 2006, para 28.761 no ano de 2015. Em Limeira, de acordo com dados da Vigilância, foram registrados 14 casos de hanseníase em 2016. Neste ano, houve quatro confirmações.

 Para acelerar o processo de erradicação da doença, a OMS desenvolveu um plano de ação, denominado “Estratégia Global para Hanseníase 2016-2020”. Os princípios-chave incluem detecção precoce de todos os pacientes antes do surgimento de incapacidades, tratamento imediato, combate à discriminação e promoção da inclusão, aprimoramento das pesquisas e promoção de parcerias entre as instâncias governamentais. (Da redação Portal Notícia de Limeira)


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