Concessionária sugeriu perícia de funcionamento de alguns hidrômetros
Para esclarecimento de dúvidas sobre a variação nas contas de água, a diretoria da concessionária BRK Ambiental participou de uma reunião na noite desta quarta-feira, 1º de novembro, na Câmara Municipal de Limeira. O debate foi promovido pela Comissão de Assuntos Relevantes em Apoio e Defesa dos Munícipes – Consumidores e Usuários – da Concessionária BRK Ambiental. Representantes do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) e do Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom) também contribuíram com o diálogo.
Abrindo o debate, o diretor Tadeu Ramos antecipou que não faz parte da política da concessionária aumentar o consumo das unidades atendidas. “Não temos o interesse de cobrar a mais, porque o dinheiro é contemplado no reequilíbrio econômico-financeiro. Não há nada deliberado para cobrar a mais de alguém. Quando há cobrança indevida, o superávit não representa lucro para a empresa, pelo contrário, há um desgaste”, destacou.
Ele apresentou dados de um relatório feito pela concessionária, a partir de denúncias de consumidores encaminhadas pelo Legislativo. Foram cerca de 120 contas analisadas. Segundo o diretor da BRK, deste total, 12 eram repetidas. Entre as que restaram para verificação, metade não apresenta variação de consumo. Para as demais em que houve aumento significativo, Tadeu informou que a empresa se compromete a fazer a aferição do funcionamento dos hidrômetros, sem custo para os clientes. A sugestão é que os relógios sejam periciados em laboratório certificado pelo Inmetro.
“Identificaremos se há problema no equipamento ou se houve o registro real do consumo. A leitura só espelha o que está no hidrômetro, que é lacrado e pode ser periciado a qualquer momento. Quando há erro de leitura, é feita a correção”, ponderou o representante da BRK Ambiental, informando que disponibilizaria à Comissão o parecer sobre as denúncias apreciadas caso a caso.
Tarifa popular
Também contribuiu com o debate a diretora do Ceprosom, Leia Serrano. Ela discorreu sobre a tarifa residencial popular de água e esgoto – um benefício que concede desconto nas contas de água para pessoas que se enquadram em uma faixa de vulnerabilidade social. Até cinco mil pessoas têm direito a acessar a tarifa popular em Limeira. Entre os critérios, o consumidor não pode estar inadimplente ou ter recebido aviso de corte da concessionária. O benefício é válido para unidades residenciais.
“Não há um valor mínimo de renda para ser atendido, para isso é feita uma análise socioeconômica. Essa listagem mensal é enviada para a BRK e é concedido o desconto. A intenção é que também quanto menos a pessoa consome, maior seja desconto”, detalhou Leia, pedindo que os interessados procurem o centro comunitário mais próximo de onde reside para ter mais informações.
Diálogo
Após a explanação da BRK e do Ceprosom, foi aberto o espaço para apresentação de questionamentos da população. Maior parte das reclamações apontava que, apesar de não ser constatada tecnicamente a ocorrência de vazamento nos imóveis, houve elevação no consumo de água medido pelo hidrômetro.
Em resposta, Tadeu ratificou que a maioria das denúncias precisa ser analisada individualmente para que sejam observados fatores como existência de consumo não identificado, a exemplo de vazamento ou de equipamento hidráulico aberto, bem como o funcionamento do hidrômetro.
O presidente da Comissão, vereador Waguinho da Santa Luzia (PPS) enfatizou que o objetivo do colegiado é ouvir todos os envolvidos e levantar dados para elaboração do relatório final, antes de propor medidas efetivas que ajudem a solucionar a questão.
A comissão é formada por cinco membros – Waguinho da Santa Luzia (PPS), Helder do Táxi (PMDB), vice-presidente; Marco Xavier (PSB), relator; Lu Bogo (PR), secretária; e Jorge de Freitas (PEN), membro. Também acompanharam o debate nesta quarta os vereadores Wagner Barbosa (PSB), Erika Tank (PR) e Constância Felix (PDT). (Da redação Portal Notícia de Limeira)
