Por: Cauê Pixitelli | Publicado em 21 de novembro de 2017

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 FestiAFRO busca valorizar a cultura e o cidadão negro

 O Jardim Vista Alegre recebeu na noite deste domingo (19), a 11ª edição do FestiAFRO – Festival de Música com temas relativos à cultura afro-brasileira. O evento contou com 12 atrações limeirenses que, além de mostrarem suas atuais produções, concorreram aos R$10 mil em prêmios. A realização foi assinada pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura, com o apoio do Conselho Municipal dos Interesses do Cidadão Negro(Comicin) e da Paróquia Santa Luzia.

 Participaram da abertura do evento, o prefeito Mario Botion e a primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Roberta Botion; o secretário de Cultura José Farid Zaine; a presidente do Comicin, Eliza Gabriel da Costa; o pároco da Paróquia Santa Luzia, padre Danilo Rodrigues; e a vereadora Dra. Mayra Costa. As autoridades usaram a palavra logo após uma apresentação do coral afro Thulany.

 Além da valorização da comunidade negra e dos músicos limeirenses, o evento apostou na descentralização da cultura, uma medida adotada pelo governo atual. “Assim como constava em nosso plano de governo, temos o objetivo de descentralizar a cultura e levá-la aos bairros, garantindo que mais pessoas possam ter acesso a ela e, no caso do FestiAFRO, celebrando a luta do povo negro, focando na igualdade que é o caminho para a fraternidade”, disse Mario Botion.

 Com o objetivo de conscientizar a população, o FestiAFRO busca valorizar a cultura e o cidadão negro. “Que essa noite seja de celebração, mas também de raciocínio. Que com nossos músicos esta mensagem de conscientização chegue a mais pessoas e possa causar reflexão”, acrescentou Farid.

 Ciranda Ferrari prestigiou o evento e disse que o evento auxilia na luta dos negros pela igualdade e pelo fim da discriminação racial. “O FestiAFRO celebra a existência das raízes negras que tanto sofreram e que merecem reconhecimento de seu valor já que tanto contribuiu para o Brasil, seja com o trabalho, culinária ou dança. A matriz negra precisa ser reconhecida não só em festivais, ela precisa refletir na sociedade”, disse.

 Outro ponto ressaltado foi o resgate cultural trazido pelas canções apresentadas. “O evento resgata a origem do negro, nos traz sua cultura. E ao trazê-lo para os bairros, mais pessoas passam a ter contato com ela”, disse Osimeire Dias da Silva.

PREMIAÇÃO

 O corpo de jurados formado por Mara Jaqueline de Oliveira, José Donizetti dos Santos (Bomba) e Leandro Rodrigo Pereira analisou as 12 canções. O vencedor da noite, que levou o prêmio de R$ 2,5 mil, foi o grupo Black 90 Mc’s, com a música Zumbi ou Brown. Em segundo lugar, a banda SouEla conquistou o prêmio de R$2 mil, com a música 100% Amor. O terceiro lugar foi de Amanda Menconi que, com a canção ABAYOUMI, levou R$ 1,5 mil. O prêmio de quarto lugar, de R$ 1,250 mil, foi para Paulo, Emanuel e Rafael, com a música Segregação Social. O músico Flávio Vasconcelos, com a música Canto da Chama, ficou em quinto lugar – R$ 750.

 Houve ainda premiação de R$500 em quatro categorias. A banda Toc Percussivo conquistou o prêmio de Melhor Letra, com a canção Palheta de Cores, o Melhor Arranjo foi para Som da Terra, com a música Resistência. Adriane Cardozo foi premiada como melhor intérprete da noite e Dirceu Vinco recebeu o prêmio de melhor torcida. (Da redação Portal Notícia de Limeira)


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