Por: Cauê Pixitelli | Publicado em 5 de fevereiro de 2018

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 Encontro ocorreu na sede do Paço Municipal

 O atual cenário da dengue em Limeira e as ações de controle do Aedes aegypti foram tema de uma reunião nesta segunda-feira (5) entre o prefeito Mario Botion, secretários e diretores municipais. O encontro ocorreu na sede do Paço Municipal (Edifício Prada) e contou, também, com a participação do secretário-chefe de Gabinete e secretário interino de Saúde, Edison Moreno Gil.

 Botion ratificou que o momento é de alerta em relação à dengue e determinou que todas as secretarias intensifiquem as ações de prevenção. Ele salientou que o combate à dengue é uma das prioridades de seu governo e que desde o ano passado a prefeitura não mede esforços para conter a proliferação do mosquito transmissor da doença.

 “Agora, daremos continuidade às campanhas de forma ainda mais agressiva, pois o resultado do Índice de Infestação Predial de janeiro foi preocupante em toda cidade”, disse referindo-se ao levantamento realizado pela Divisão de Zoonoses, que aponta índice predial de 2,7%. Pelo índice, resultado inferior a 1% indica condição satisfatória; de 1% a 3,9% configura-se como situação de alerta; e superior a 3,9%, sugere situação de risco.

 O prefeito também destacou a importância dos 200 servidores nomeados como “síndicos” dos próprios públicos, que receberam treinamento para atuar na prevenção e fazer o “check list” semanal em cada repartição de trabalho. “Temos também 7.300 servidores e 23 mil alunos na rede pública que serão trabalhados para atuar como multiplicadores, pois cada um de nós deve fazer a sua parte”, afirmou.

 Segundo a chefe da Divisão de Zoonoses, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, foram pesquisados nesse levantamento 4.971 imóveis. Desse total, 3.037 possuíam recipientes com potencial para servirem de criadouros ao mosquito da dengue, sendo que 2.047 continham água. Também foram identificados 209 recipientes com larvas, que depois de analisadas evidenciaram resultado positivo para Aedes aegypti em 154 recipientes. “O que mais impressiona é que a maior parte dos recipientes com água poderia ter sido descartada ou realocada em local coberto”, comentou.

 Pedrina observou que a dengue está presente em todo o território nacional, no entanto, Limeira possui algumas características que oferecem maior risco: o município é cercado por grandes rodovias que favorecem a transmissão da doença e abriga grande densidade populacional, com 97% das pessoas vivendo na zona urbana. “É necessário que as pessoas verifiquem os seus imóveis uma vez por semana, porque as chuvas estão sendo constantes e há água parada em diversos pontos da cidade”, disse.

 O diretor da Vigilância Sanitária, Alexandre Ferrari, destacou que o Aedes tem facilidade de adaptação ao meio urbano. E afirmou, ainda, que apesar de o município registrar até o momento um único caso confirmado de dengue, a situação é de alerta. “A cidade tem histórico de epidemia e os indicadores revelam grande presença de criadouros do mosquito”. Ferrari ainda falou sobre a importância do trabalho realizado pelo Comitê de Prevenção e Controle da Dengue, com representantes de todas as secretarias e dos quatro hospitais do município, e do Grupo de Trabalho da Dengue.

Mutirão

 No mutirão realizado no último sábado (3), nos bairros Vila Tank, Vila São João, Jd. Maria Helena, Vila Santa Josefa, Jd. Santa Cecília, Jd. Mediterrâneo, Vila Rocha, Vila Esteves e Vila Santa Rosália, agentes de controle de zoonoses e agentes comunitários de saúde visitaram 3.826 imóveis. Foram contabilizados 168 recipientes propícios para formação de criadouros. Destes, 68 continham água e 13 apresentavam larvas. Latas, plásticos e frascos abrigavam a maior parte das larvas.

Dados epidemiológicos

 De acordo com a Divisão de Vigilância Epidemiológica, houve um único caso confirmado de dengue no município. Neste ano, foram 76 notificações. Desse total, 47 ocorrências estão abertas e outras 28 foram descartadas. Há ainda, cinco casos suspeitos de chikungunya e outros dois de zika, esses últimos em gestantes. A coordenadora da Vigilância, Amélia Maria P. da Silva, esclarece que ambas as gestantes manifestaram exantema (manchas vermelhas na pele) e que por esse motivo, deu-se início ao protocolo de investigação médica, com coleta de exame para dengue, chikungunya e zika. Ela informou, ainda, que todos os pacientes estão bem. (Da redação Portal Notícia de Limeira)


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