Iniciativa foi da Prefeitura de Limeira e da Rede Elza Tank de Atendimento Integrado às Mulheres em Situação de Violência
Representantes dos hospitais instalados no município estiveram na quarta-feira (4) na Secretaria de Saúde para uma reunião sobre o atendimento e a notificação de casos de violência interpessoal, em especial a violência sexual contra a mulher. A iniciativa foi da Prefeitura de Limeira e da Rede Elza Tank de Atendimento Integrado às Mulheres em Situação de Violência. “A prioridade nestes casos deve ser o atendimento na área da saúde. Quanto mais cedo a vítima fizer os testes rápidos para detecção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e receber as medicações adequadas, mais chance ela terá de não desenvolver as ISTs. O suporte e o acompanhamento psicológico também são fundamentais neste processo”, explicou o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari.
Durante o encontro, os participantes também falaram sobre a notificação compulsória no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan). “É importante alinhar as informações com todos os agentes envolvidos neste tipo de atendimento para garantir o fluxo das notificações. A análise desses dados vai permitir a elaboração de políticas públicas”, disse a assistente social e representante da Rede Elza Tank, Joice Campos.
Na oportunidade, a vereadora Erika Tank falou sobre os avanços no atendimento à vítima de violência sexual. “Limeira é a primeira cidade do estado de São Paulo a inverter o atendimento à vítima de violência sexual na área da Polícia Militar, ou seja, primeiro a pessoa é encaminhada ao atendimento médico e depois é feito o registro do Boletim de Ocorrência. Esta iniciativa piloto ocorre no município desde o início de janeiro deste ano”, ressaltou a parlamentar.
Outro ponto abordado pela vereadora foi o compromisso do Serviço Especializado em Moléstias Infectocontagiosas de Limeira (Semil) em fornecer medicamentos extras aos hospitais e esses por sua vez disponibilizarem às vítimas de violência sexual, se o fato acontecer em finais de semana ou feriados, períodos em que o Semil não tem expediente.
Na reunião foram distribuídos matérias sobre o trabalho realizado pela Rede Elza Tank com informações sobre os órgãos envolvidos na Rede, os direitos da mulher, e o contato da Central de Atendimento a Mulher – 180. “A discussão deste tema e a campanha realizada pela Prefeitura de combate à violência contra a mulher são permanentes”, frisou Ferrari.
Na ocasião, também estiveram presentes a coordenadora da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Amélia Maria P. da Silva, representantes da Assistência à Saúde, do Semil, do Centro de Referência Especializado de Assistente Social (CREAS) e do Ceprosom. (Da redação Portal Notícia de Limeira)
