Por: Cauê Pixitelli | Publicado em 19 de junho de 2018

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 Não há casos confirmados de febre maculosa no município

 A Secretaria de Saúde de Limeira promoveu nesta terça-feira (19) um treinamento sobre febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato estrela e que pode levar à morte. Ocorrida na sede da Secretaria de Educação, a ação foi voltada a agentes de controle de zoonoses, bem como a agentes de saúde que atuam na Atenção Básica, visando a prevenção da doença. Não há casos confirmados de febre maculosa no município.

 O treinamento foi dividido em duas etapas, a primeira, coordenada pela bióloga da Divisão de Controle de Zoonoses, Daniela Almeida Terossi, abordou a biologia do carrapato e as formas de prevenção. A febre maculosa, segundo a bióloga, é uma infecção causada pela bactéria do gênero Rickettsia, que tem no carrapato estrela seu principal vetor. A transmissão ocorre pela picada do carrapato infectado.

 Daniela ressaltou que ao se deslocar para áreas de risco, a pessoa deve usar botas, calça comprida com a parte inferior colocada para dentro das meias e roupas claras que facilitem a visualização do carrapato. Quanto aos animais de estimação, o ideal é levá-los com coleira repelente. Após o passeio, a recomendação é que a pessoa faça uma inspeção no próprio corpo e no corpo do animal.

 Na segunda parte da capacitação, a enfermeira da Secretaria de Saúde, Karina Davoli Schnoor, falou sobre sintomas, diagnóstico e tratamento da doença. O principal sintoma, de acordo com a enfermeira, é a febre alta repentina. No entanto, há outras manifestações como dor nas articulações, exantemas na palma das mãos e na planta dos pés e lesão no local onde o carrapato ficou aderido. “Esses sintomas aparecem de 2 a 14 dias após a contaminação”, disse.

 Para diagnosticar a doença, é necessário coletar duas amostras de sangue, com espaçamento de 15 dias. O tratamento, conforme Karina, é realizado com administração de antibióticos. “Toda pessoa que teve contato com áreas de risco deve ficar atenta a esses sintomas. Em caso de suspeita, é necessário procurar atendimento médico o quanto antes”, frisou.

 Segundo a chefe da Divisão de Controle de Zoonoses, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, o objetivo do treinamento é que os agentes possam auxiliar a identificação de casos suspeitos, além de atuar como multiplicadores de informações sobre a doença, tendo em vista a ocorrência de casos fatais em cidades da região. Mesmo sem nenhum registro da doença em Limeira, Pedrina esclarece que o trabalho adotado pela prefeitura nessa área é contínuo e envolve ações de prevenção e de controle nas áreas críticas do município. (Da redação Portal Notícia de Limeira)


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