Por: Renan Isaltino | Publicado em 30 de novembro de 2018

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  A atividade fez parte da Semana Nacional de Mobilização contra o Aedes aegypti

 Alunos da Emeief Professora Raquel Aparecida Gonçalves Franceschi, localizada próxima ao Residencial Rubi, em Limeira, participaram na manhã desta sexta-feira (30) de uma atividade educativa sobre o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Na biblioteca da escola, alunos responsáveis pela identificação de eventuais criadouros do mosquito, que integram a “Patrulha da Dengue”, encontraram-se com a chefe da Divisão de Controle de Zoonoses da prefeitura, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, para um descontraído bate-papo sobre o tema.

 A atividade fez parte da Semana Nacional de Mobilização contra o Aedes aegypti, que colocou o tema em evidência em todo o país. Em Limeira, as escolas organizaram tarefas reforçando o conhecimento dos alunos sobre o tema, enquanto as Unidades Básicas de Saúde promoveram ações de conscientização na sala de espera desses locais, voltadas aos pacientes que aguardavam atendimento, e também nos bairros onde estão inseridas.

 Aos alunos, Pedrina falou sobre o ciclo de vida do mosquito, a importância da eliminação dos criadouros, e quais os sintomas da dengue (dor de cabeça, dor nas articulações, febre alta, manchas vermelhas pelo corpo, entre outras). Amostras do mosquito e dos ovos foram apresentadas aos alunos, que tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas sobre a prevenção e sobre as doenças causadas pelo mosquito.

 Lukas Dannyel Ribeiro dos Santos, de 11 anos, mostrou-se bem interessado pelo assunto. Filho de uma líder de bloco do Residencial Rubi, ele relatou que frequentemente recolhe o lixo das áreas comuns do condomínio para evitar a formação de criadouros. “O mosquito transmite doenças sérias, que podem levar à morte”, disse. Ele quis saber se os aquários podem ser criadouros e aprendeu que as larvas servem de alimento aos peixes, afastando o risco da doença. Outro colega, Davi Luiz Oliveira Penteado, de 4 anos, participou ativamente do encontro. Ele contou que os vasos de planta não precisam de prato. “O mosquito pica”, disse.

 A monitora da “Patrulha da Dengue” na escola, Elizandra Aparecida Teodoro Paschoaletto, afirmou que semanalmente o grupo percorre a escola para o “chek list” dos pontos de maior risco. “Eles anotam tudo o que está correto e o que precisa ser alterado”, falou. Paralelamente às vistorias, ela mencionou que o tema é trabalhado em outras atividades na sala de aula de maneira permanente. “Os alunos prestam atenção e têm uma boa resposta sobre o assunto. Eles sempre relatam as atividades desenvolvidas em casa”, destacou.

 CRIADOUROS

 De acordo com Pedrina, o último Índice de Infestação Predial do município, realizado em abril, apontou resultado 0,7% – situação classificada como satisfatória. Pelos parâmetros do Ministério da Saúde, resultado inferior a 1% indica condição satisfatória; de 1% a 3,9% configura-se como situação de alerta; e superior a 3,9%, sugere situação de risco.

 Apesar do índice satisfatório, Pedrina alerta para a grande quantidade de recipientes propícios à proliferação do mosquito no interior das residências. Nos 8.116 imóveis pesquisados para o levantamento, foram localizados 1.722 recipientes. Desse total, 67% continham água e 3,4% abrigavam larvas do Aedes aegypti. Latas, frascos e garrafas retornáveis foram os recipientes mais encontrados pelos agentes de controle de zoonoses.

 O que mais chama a atenção, de acordo com Pedrina, é que 53,4% do total de recipientes deveriam ser guardados secos e em local coberto. “É de suma importância que esses objetos sejam armazenados em local coberto a fim de evitar o acúmulo de água. Eliminar os criadouros é a forma mais eficaz de combater o Aedes aegypti, todos devem realizar vistoria semanal nos seus imóveis”, afirmou.

 Além das ações educativas, Pedrina salientou que o município mantém trabalho permanente de prevenção ao Aedes aegypti. Dentre as atividades, há o “casa a casa”, a vistoria de “Pontos Estratégicos” e de “Imóveis Especiais”, os mutirões e as “Ações Coercitivas” – para entrada e limpeza compulsória de imóveis que oferecem risco à saúde pública. “O verão é um período mais propício à proliferação do mosquito em razão da intensidade de chuvas e das altas temperaturas. É preciso redobrar o cuidado com o descarte correto de embalagens de presentes, alimentos, bebidas, que podem acumular água e tornarem-se criadouros para o Aedes aegypti.” Neste ano, o município contabiliza 11 casos de dengue. (Da redação portal Notícia de Limeira)


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