Por: Renan Isaltino | Publicado em 14 de novembro de 2019

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 O levantamento apurou a existência de 900 recipientes propícios à formação de criadouros

 A Prefeitura de Limeira, por meio da Divisão de Controle de Zoonoses, realizou durante o mês passado uma nova Avaliação de Densidade Larvária (ADL) do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (14), mostra que o Índice de Infestação Predial manteve-se em 0,4 – considerado “satisfatório” em relação à presença de criadouros na cidade.

 Esse é o mesmo indicador detectado na pesquisa anterior, em julho. Porém, a chefe da Divisão de Controle de Zoonoses, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, ressalta que os trabalhos de controle e prevenção ao mosquito devem seguir intensos, uma vez que a porcentagem de recipientes com água positivos para o Aedes aumentou, passando de 2,5% em julho para 6,1% em outubro.

 Agentes de controle de zoonoses e de combate às endemias vistoriaram 4.734 imóveis durante o estudo. E para facilitar o trabalho, o município foi dividido em oito áreas, todas apresentaram situação satisfatória. Destacam-se as áreas 3 (Alto dos Laranjais, Anhanguera e Campo Belo) e 5 (Graminha, Lagoa Nova e Odécio Degan), onde não foram verificadas larvas do mosquito. Por outro lado, a área 1, que abrange os bairros Planalto, Egisto Ragazzo e Anavec, apresentou o maior Índice de Infestação, de 0,7.

 O levantamento apurou a existência de 900 recipientes propícios à formação de criadouros. Desse total, 543 continham água, sendo que 24 apresentavam larvas do Aedes aegypti. Quanto ao perfil dos recipientes, a maior parte era de latas e frascos inservíveis (169 unidades), seguidos de pratos e pingadeiras de plantas (102 unidades) e garrafas retornáveis (77 unidades).

 Contudo, o maior número de larvas positivas para o mosquito estava nos vasos de plantas aquáticas (51 unidades). Pedrina chama a atenção para a necessidade de cuidado redobrado com esses vasos, assim como as bromélias, com 13 avaliações positivas de larvas do mosquito. “A bromélia deve sempre ser regada pela raiz e não no copo da flor. Para segurança do munícipe, é necessário virar o vaso de cabeça para baixo, para evitar água retida. Se a planta estiver diretamente no solo, deve-se aplicar jato de água com a mangueira”, orientou.

 Outra questão levantada pela chefe de divisão é que 18,4% dos recipientes encontrados pelos agentes eram passíveis de remoção e 29% poderiam ser guardados em local coberto. Apenas 6,1% eram fixos, como ralos externos. “Essa situação mostra a necessidade de os munícipes vistoriarem os imóveis pelo menos uma vez por semana, para eliminar toda possibilidade de formação de criadouros”, comentou.

 Pedrina esclarece que a Avaliação de Densidade Larvária ocorre em três momentos distintos do ano, janeiro, julho e outubro, conforme orientação do Ministério da Saúde. Os dados apurados no levantamento são digitados em sistema de informática do Estado (Sisaweb) e contribuem para a tomada de decisões para prevenção e controle do mosquito. Atualmente, Limeira tem 998 casos confirmados de dengue e cinco de chikungunya. Não há registros de zika vírus.

 Segundo o diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari, ainda que o índice seja favorável, o prefeito Mario Botion manteve no município o estado de alerta até dezembro de 2020, por meio do Decreto municipal nº 368. Ele observou que a medida foi tomada em virtude da situação epidemiológica do Brasil, que apresenta aumento dos casos de dengue da ordem de 594,9%, em relação ao mesmo período do ano passado (até a semana epidemiológica 36). (Da redação portal Notícia de Limeira)


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