Por: Renan Isaltino | Publicado em 26 de março de 2020

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 Concessionária destaca a importância da boa utilização do sistema de esgoto para diminuir os riscos de contaminação pelo coronavirus

 Somente nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, 3,1 bilhões de litros de esgoto sem tratamento deixaram de ser despejados nos rios e córregos de Limeira. Isso só foi possível devido a universalização do tratamento de esgoto sanitário do município, que ocorreu em 2010 e que impede, desde então, que efluentes sem o devido tratamento, seja descartado nos rios da cidade. Esse trabalho é realizado pela BRK Ambiental, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto em Limeira.

 Limeira tem 100% do esgoto coletado e tratado, trabalho que ocorre atualmente em três Estações de Tratamento de Esgoto. Só entre os dois primeiros meses do ano já foi possível evitar que 1.271 piscinas olímpicas de esgoto fossem despejadas nos rios da cidade.

 O resultado obtido na cidade é bem diferente do que ocorre em boa parte do país. É o que mostra o Esgotômetro do Instituto Trata Brasil, que desde o dia 1º de janeiro de 2020, acompanha a quantidade de esgoto sem tratamento despejados na natureza. Até o momento, dia 24 de março, mais de 476 mil piscinas olímpicas de esgoto foram despejadas na natureza. Por dia, 5.715, segundo a ferramenta.

 Segundo o Ranking do Saneamento – 2020, estudo produzido pelo Instituto Trata Brasil, 100 milhões de brasileiros (46,85%) não contam com o serviço de coleta de esgoto e, portanto, também não tem o tratamento do efluente.

 “O tratamento de esgoto universalizado é um privilégio do município de Limeira e fruto dos investimentos realizados pela concessionária. Essa é uma conquista muito importante e que impacta diretamente no cotidiano da população, uma vez que os sistemas de coleta e tratamento de esgoto são fundamentais para prevenir a contaminação e transmissão de doenças”, explica Fernando Mangabeira, diretor da BRK Ambiental em Limeira.

 No total, desde o início da concessão, já foram investidos R$ 275 milhões em obras de esgoto. Para esse ano estão previstos aproximadamente mais R$ 28 milhões.

 Coronavírus

 A concessionária destaca que as redes de esgoto não foram projetadas para transportar lixo e que a má utilização pode causar transtornos a todos. Por isso, a empresa reforça que é fundamental não jogar restos de comida e lixo nas redes de esgoto. Além disso, lembra que o acúmulo de fios de cabelo e óleo de cozinha estão entre os principais responsáveis pelo entupimento das redes públicas de esgoto, portanto, é preciso dar a eles o destino adequado.

 Cuidados como esses ajudam a reduzir a necessidade de manutenções, com eventuais paralisações do fornecimento dos serviços. E, consequentemente, diminuem a circulação das equipes de trabalho nas ruas, contribuindo para a preservação da saúde de todos.

 Modernização ETE Tatu

 A concessionária executa na cidade a obra de ampliação e modernização da Estação de Tratamento de Esgoto Tatu. Os trabalhos consistem na modernização da ETE para que o sistema de tratamento do efluente seja terciário, considerado o mais eficiente que existe, onde a tecnologia a ser utilizada será a holandesa Nereda. As obras civis do sistema biológico da estação estão concluídas. Já estão em andamento as reformas do tratamento preliminar, do sistema de desaguamento de lodo e da implantação do tratamento físico-químico, também chamado de floculação. As montagens hidromecânicas e de instalação elétrica e de automação também estão em curso e serão as próximas etapas a serem concluídas.

 No tratamento terciário serão removidos: matéria orgânica (95%), nitrogênio (75%) e fósforo (89%). O sistema atual na ETE Tatu, e mais comum no Brasil, é o primário e não remove nitrogênio e fósforo, substâncias que fazem proliferar algas e outros organismos que roubam oxigênio da água, afetando a vida aquática.

 Segundo o diretor, em termos de volume, será o maior tratamento terciário da região, em que serão tratados 600 litros por segundo de efluente. “O Ribeirão Tatu será beneficiado por receber um efluente menos nocivo ao meio ambiente. Consequentemente a Bacia do PCJ, em especial o rio Piracicaba, também se beneficia, pois o Ribeirão Tatu deságua no Piracicaba”, ressalta Mangabeira.

 Somente nesta obra, os investimentos realizados pela concessionária totalizarão R$ 94 milhões. (Da redação portal Notícia de Limeira)


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