Por: Renan Isaltino | Publicado em 29 de março de 2020

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 O ministro reforçou que as pessoas devem ficar em casa

 Reforçando que as pessoas devem ficar em casa para evitar a disseminação do novo coronavírus, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, concedeu entrevista coletiva neste sábado (28), alertando também sobre a abertura dos estabelecimentos comerciais. O ministro disse que as pessoas devem permanecer em casa para que o sistema de saúde não se sobrecarregue, aumentando a letalidade do Covid-19 por falta de leitos e de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

 Segundo Mandetta, a determinação de paralisação no país tem reduzido os casos de acidentes e traumas, e, por consequência, mais leitos ficam disponíveis para outras situações. “Se a gente sair andando todo mundo de uma vez, vai faltar para o rico, para o pobre, para todo mundo. Tem que ter racionalidade e não nos mover por impulso. Vamos nos mover como eu digo desde o princípio, pela ciência, pela parte técnica e com planejamento”, afirmou.

 O ministro se posicionou contra as carreatas que ocorreram em diversos estados do país pela flexibilização da quarentena e a retomada de atividades econômicas. “Fazer movimento assimétrico de efeito manada… Daqui a duas semanas, três semanas, os mesmos que falam ‘vamos fazer carreata’ vão ser os mesmos que vão ficar em casa. Não é hora”, declarou.

 Mandetta explicou por que o comércio não pode reabrir. “Se eu deixar a movimentação social contínua eu não estou preparado para hora que chegar lá no Zé Pereira, na periferia, sobrecarregar em bloco o sistema de saúde. Todo comércio está falando: eu quero abrir, eu quero abrir. Calma porque vamos ter que fazer isso. Uma regrinha para saberem. Vou abrir assim: faço teste com funcionário, menos mesa, não pode ter fila de espera, buffet, fila um atrás do outro. Algumas coisas que vamos colocar para serem pontos de referência. Para não falar que está tratando assim ou assado”, disse.

 Segundo último balanço das secretarias estaduais de Saúde divulgado, até 13h deste domingo (29), o Brasil possuía 4.065 casos confirmados do novo coronavírus, com 118 mortos, 84 deles em São Paulo. (Rafael Coelho)


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