Por: Renan Isaltino | Publicado em 29 de julho de 2020

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 Governo Federal prevê investir cerca de R$ 200 bilhões até o fim do Auxílio

 O Auxílio Emergencial do Governo Federal foi responsável por levar a taxa de extrema pobreza do Brasil ao menor patamar em 40 anos. A análise foi feita pelo economista Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). A partir das pesquisas de Amostras Domiciliares do IBGE, em especial a Pnad Covid-19, foi possível mensurar que 3,3% da população brasileira, ou sete milhões de pessoas, viviam na extrema pobreza em junho deste ano. Desde a década de 1980, quando os levantamentos ficaram mais precisos, o menor índice registrado havia sido de 4,2% em 2014.

 “O Auxílio Emergencial atingiu mais de 80% dos domicílios das duas primeiras faixas de renda. Isso mostra que o benefício alcança o objetivo de dar condições de sobrevivência aos mais pobres e que, em pouco tempo, o Governo Federal foi capaz de retirar o maior contingente de pessoas da extrema pobreza da história recente do Brasil”, afirmou o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.

 A Pnad Covid-19 revelou que o Auxílio Emergencial chegou a cerca de 29,4 milhões de domicílios em junho, ou 43% do total de 68,3 milhões no País. Isso significa que cerca de 104,5 milhões de pessoas viviam em residências onde pelo menos um morador recebeu o benefício, o que representa 49,5% da população brasileira.

 Quando o recorte é feito selecionando os 10% dos lares mais pobres, com renda domiciliar per capita de até R$ 50,34, 83,5% dessas pessoas viviam em domicílios que receberam o benefício (em maio eram 76%). Com a transferência de recursos do Governo Federal, o valor médio do rendimento familiar passou para R$ 271,92.

 O Auxílio Emergencial representou ainda um ganho de 150% na renda domiciliar do segundo decil, ou seja, aqueles lares com rendimentos na faixa entre R$ 50,34 e R$ 242,15 per capita. Com o benefício, são R$ 377,22 de renda média por residência em junho. Para se ter uma base de comparação, a ONU considera a linha da pobreza em R$ 150 mensais de rendimento por pessoa, ou 1,90 dólares diários.

 O Governo Federal prevê investir cerca de R$ 200 bilhões até o fim do Auxílio Emergencial. A transferência de recursos, conforme indicam os dados da Pnad Covid-19, está concentrada nas faixas de renda mais baixas. Do total investido até junho, 40% foi parar nas contas dos 20% mais pobres da população. Se aumentarmos o espectro da faixa de renda, metade do valor pago converge para os 30% mais necessitados do País. (Da redação portal Notícia de Limeira)

 Imagem: Divulgação / Governo Federal


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