Especialista do Senac esclarece dúvidas sobre higienização de vegetais, manuseio de carnes e preparação de ovos
Seja na cozinha industrial ou em casa, a manipulação de alimentos tem procedimentos de higiene que são fundamentais para a preservação da saúde. Para os amantes da culinária, e até para quem não é muito fã de cozinha, mas não consegue fugir dela, é importante estar atento aos cuidados necessários para afastar os perigos de uma contaminação e aproveitar melhor os nutrientes de cada alimento.
Para celebrar o Dia do Nutricionista, comemorado em 31 de agosto, Andressa Stabellini, docente do curso Técnico em Nutrição e Dietética do Senac Limeira, faz algumas orientações sobre higienização e armazenamento de alimentos que muitas vezes passam despercebidas na correria do dia a dia.
Confira as dicas:
Higienização de frutas e verduras
– Tão importante quanto a higienização é a escolha do alimento. Dê preferência aos hortifrútis de pequenos produtores, que têm menos agrotóxicos e não possuem modificações genéticas. Nem sempre o alimento maior e mais bonito é o melhor.
– A presença dos tão detestáveis bigatos em uma fruta ou verdura pode não ser algo tão ruim, pois significa que o alimento não possui agrotóxicos, que são muito mais prejudiciais à saúde do que o bichinho.
– Para evitar situações desagradáveis e riscos para a saúde, faça a higienização correta dos alimentos.
– Lave as verduras da folha em direção ao caule para que os resíduos acumulados no talo pela ação da chuva não sejam levados de volta para a folha.
– Para a higienização, utilize produtos com selo da Anvisa e siga as indicações do rótulo. O recipiente com a solução pode ser reutilizado, pois a ação do cloro dura até 24 horas.
– Utilize uma secadora de salada simples para retirar o excesso de água e aumentar o tempo de conservação do alimento.
– Escolha recipientes que não sejam transparentes, principalmente a tampa, para proteger da luz do refrigerador. Na hora de armazenar, intercale as folha com papel toalha absorvente.
Geladeira
– Organize a geladeira de modo a dividi-la em três partes, de acordo com o estado de consumo dos alimentos. Nas prateleiras do alto, devem ficar os produtos que estão prontos para consumir. No espaço do meio, tudo que já foi higienizado e será utilizado para o preparo de outros pratos. Carnes para descongelar, por exemplo, devem ficar na parte de baixo para evitar que escorram e contaminem outros recipientes.
– O ideal é não guardar na geladeira alimentos que não tenham passado por higienização. Como nem sempre isso é possível, jamais leve de volta um alimento limpo para o mesmo espaço onde estava anteriormente.
Carnes
– A carne mal passada, se for de procedência, não oferece riscos quando a superfície está cozida. Quando não houve exposição do miolo, essa carne é considerada estéril.
– Já a carne moída, assim como a linguiça, não deve ser ingerida crua, pois o contato com equipamentos e utensílios para o processo de moagem aumenta a área de possível contaminação. Se a superfície exposta não foi cozida, existe o risco de ingestão de parasitas.
– Não lave a carne antes de cozinhar, seja ela vermelha, de frango ou de porco. Grande parte dos nutrientes encontra-se no sangue.
– Na hora de congelar, fracione em pequenas porções e embale de forma plana para que a peça seja refrigerada por completo.
Ovo cru
– O ovo cru é um dos maiores vilões da saúde, pois existe o risco de contaminação pela bactéria salmonella, que pode estar presente tanto na casca como no interior.
– Glacês e mousses feitos com ovo cru, e que não vão ao fogo, bem como a gema mole, não devem ser consumidos em hipótese alguma. A venda, inclusive, é proibida pela Anvisa. Para esses casos, quando o alimento não é cozido, utilize o ovo líquido embalado, que passa por processo de pasteurização.
– Lave sempre as mãos após manusear os ovos e cuidado para não levar os dedos aos olhos, nariz e boca. Os ovos devem ser mantidos na geladeira e jamais devem ser lavados para não aumentar o risco de proliferação da bactéria. (Da redação Portal Notícia de Limeira)