Por: Renan Isaltino | Publicado em 27 de fevereiro de 2019

Compartilhe

 Botion reforçou a importância da mobilização de toda sociedade

 “A dengue mata!”. Foi com essas palavras que o prefeito Mario Botion abriu nesta quarta-feira (27), no Teatro Vitória, o encontro de educadores das redes municipal e particular de ensino de Limeira, visando a mobilização em torno da prevenção ao Aedes aegypti. Nesta quinta (28), as escolas municipais terão o “Dia D” de combate à dengue, com realização de atividades educativas.

 Botion salientou que o grande desafio da administração municipal, bem como de toda sociedade, é evitar que o município tenha uma nova epidemia da doença, como a registrada em 2015 – quando foram confirmados 20.597 casos. Neste ano, a cidade contabiliza 28 casos. “Algumas cidades paulistas já registram epidemia e o vírus da dengue do tipo 2 está rondando nossa região. É por esse motivo que estamos empenhados em acelerar o processo de controle e prevenção do mosquito”, afirmou.

 Nesse sentido, o prefeito destacou algumas ações adotadas para “acelerar” esse trabalho, como a criação do Gabinete de Prevenção e Emergência no combate ao Aedes aegypti”, a realização de mutirões e a colocação de 150 agentes comunitários de saúde para atuar prioritariamente na vistoria de imóveis. “No dia 16 de março, teremos mais uma grande mobilização, com participação de servidores, igrejas, indústrias, entre outros. Nesse dia, um megamutirão contra dengue fará uma varredura na cidade”, frisou.

 Botion reforçou a importância da mobilização de toda sociedade, sobretudo das escolas, em torno da eliminação de criadouros. “Espero que amanhã (28), as escolas possam divulgar a necessidade de prevenção e que os alunos atuem como multiplicadores dessas informações”, disse.

 A chefe da Divisão de Controle de Zoonoses, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, comentou o resultado da Avaliação de Densidade Larvária, que apontou situação de “alerta” para dengue em Limeira, com índice de infestação de larvas do mosquito de 1,7. Pedrina observou que o modo de vida da sociedade mudou, e que atualmente, há um consumo muito maior de produtos descartáveis, que podem facilitar a reprodução do mosquito. “É grande o número de criadouros em Limeira e as ações de controle e prevenção devem ser desencadeadas agora para evitar uma epidemia”, reforçou.

 Quanto às escolas, Pedrina falou positivamente sobre o trabalho de prevenção tanto nas unidades públicas quanto particulares. Ela salientou que as escolas são locais com grande aglomeração de pessoas, e portanto, os cuidados com a dengue devem ser redobrados nesses espaços.

 Sala de aula

 Durante o encontro, houve apresentação de experiências positivas de prevenção ao mosquito dentro das escolas. O Colégio Portal Anglo, por exemplo, mostrou o trabalho com alunos do ensino médio e fundamental. A diretora e coordenadora do Fundamental 2 da escola, Roseli de Fátima Patrício Provinciato, esclareceu que o tema é abordado durante todo o ano dentro da sala de aula. “A escola também promove ações para mobilizar a comunidade e familiares, como visitas às residências do entorno (em parceria com a Divisão de Controle de Zoonoses), caminhadas e passeatas de conscientização”, elencou.

 Outra escola que mostrou suas atividades foi a Emeief Pastor Ismael Pereira do Lago, onde o tema da dengue também é discutido periodicamente com os alunos. A coordenadora da unidade, Maísa Cortez Ottani, mostrou um vídeo em que os alunos percorreram a área verde próxima à escola, para recolher materiais inservíveis. Na sequência, os alunos organizaram uma exposição sobre os objetos encontrados e imprimiram folhetos de orientação.

 Panorama

 Também presente ao encontro, a diretora do Grupo de Vigilância Epidemiológica da Regional de Piracicaba, Gláucia Perecin, apresentou um panorama das arboviroses urbanas no estado de São Paulo, destacando a situação crítica enfrentada pelos municípios de Bauru, Andradina e Araraquara.

 A diretora observou que neste ano, os casos de dengue estão evoluindo com maior gravidade e que a preocupação maior é com crianças e idosos. “A chance de termos uma epidemia em nossa região é grande, temos a circulação do vírus da dengue do tipo 2 que ainda é novo para boa parte da população”, disse. Gláucia ainda falou sobre a necessidade de identificação imediata dos casos suspeitos e da importância das áreas de saúde e educação caminharem juntas na prevenção ao mosquito.

 Participaram do encontro, o secretário de Comunicação Social, Antonio Peres, o diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari, a chefe da Divisão de Vigilância Sanitária, Renata Martins, a professora coordenadora de Ciências e Educação Ambiental da Secretaria de Educação, Adriana Cristina Müller Del Mondo, a diretora Pedagógica da Secretaria de Educação, Adriana Dibbern Capicotto, Elis Costa da Silva, do Ceprosom, Vanda Massari, do Colégio DaVinci, além de representantes de escolas municipais. Já o grupo Recanto das Histórias, da Secretaria de Educação, marcou presença no evento com apresentação de teatro de bonecos. (Da redação portal Notícia de Limeira)


Compartilhe

Comentários

comentários