Por: Renan Isaltino | Publicado em 7 de agosto de 2020

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 O total de recursos garantidos para o enfrentamento à Covid-19 em Limeira, até esta data, é de R$ 19.262.358,86

 O prefeito Mario Botion apresentou de forma minuciosa todos os recursos recebidos para o enfrentamento ao coronavírus, assim como o detalhamento das ações realizadas no município desde o início da pandemia. Todas as informações apresentadas em coletiva on-line na tarde desta sexta-feira (7) estão disponíveis no Portal da Transparência para consulta de qualquer cidadão.

 Como a atualização acontece diariamente, Botion apresentou os dados disponíveis até esta quinta-feira (6). O total de recursos garantidos para o enfrentamento à Covid-19 em Limeira, até esta data, é de R$ 19.262.358,86. Deste total, 80% são recursos provenientes do governo federal – R$ 15.563.051,03. A soma é resultado de várias portarias do Ministério da Saúde com destino certo: custeio ou apoio financeiro em ações de combate ao coronavírus.

 Outros 20% (R$ 3.699 milhões) são oriundos do governo do Estado de São Paulo. Nas despesas, a Prefeitura de Limeira também investiu com mais de R$ 2 milhões até o momento.

 RECURSOS AOS HOSPITAIS

 Outras portarias do Ministério da Saúde também indicam como destino o apoio financeiro dos hospitais que atendem o Sistema Único de Saúde (SUS). Os valores são depositados na conta do Fundo Municipal da Saúde, que faz o repasse aos hospitais. A Santa Casa recebeu mais de R$ 4 milhões, incluindo R$ 1 milhão por meio do deputado federal Miguel Lombardi, e a Humanitária tem garantido R$ 1.359 milhão.

 URC – R$ 4.416 milhões

 O prefeito enfatizou a importância da implantação da Unidade de Referência de Coronavírus (URC), por meio de convênio com os hospitais Santa Casa, Medical, Unimed e Humanitária. Apesar de todos os hospitais contribuírem com a cessão de profissionais, equipamentos, divisão de despesas para a estrutura, o munício investiu mais de R$ 4.416 milhões na estrutura, que foi sendo ampliada gradativamente, conforme a necessidade da população.

 A URC começou a funcionar em 13 de abril, em prédio anexo à Humanitária, com 12 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 97 funcionários. A enfermaria foi inaugurada em maio com mais 33 leitos, depois passou para 42 leitos e, atumente, a URC tem 40 leitos de UTI e 48 leitos clínicos com 537 funcionários.

 Foi necessário investimento com contratações temporárias de enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas, higienização, copeiros, nutricionistas, farmacêuticos, auxiliares de farmácia, assistentes sociais, equipe de manutenção, equipes de segurança, profissionais da lavanderia, laboratório e médicos.

 100 LEITOS NA URC

 No final de junho, a Humanitária foi inteiramente transformada em unidade de referência para os casos de coronavírus. Foi inaugurado o Pronto-Atendimento, que também passou a contar com mais 12 leitos de estabilização.

 O total de leitos na Humanitária hoje, entre UTI, clínicos e estabilização é 100.

 Toda a cidade conta, neste momento, com 466 leitos. O número envolve leitos de UTI e clínicos, da URC e dos 4 hospitais.
“Apesar da alta taxa de ocupação de leitos, mais frequente desde julho na URC, Limeira não precisou encaminhar pacientes para outros municípios por falta de leitos. Há planejamento, gestão e técnica para as ações”, ressaltou o prefeito. “É Limeira que tem recebido pacientes de outras cidades, como referência que é,  para internação e tratamento.

 Ainda em julho, foi instalado ao redor da Humanitária o Ambulatório de Referência de Coronavírus para atendimentos das pessoas com sintomas, onde há atendimento ambulatorial e são realizados testes. O custo é por produção e ainda não houve faturamento.

 EQUIPAMENTO DE PRESSÃO NEGATIVA – R$ 205 mil

 Equipamentos de alta tecnologia para evitar a propagação do novo coronavírus em ambiente hospitalar, por meio de pressurização negativa, foram comprados. O primeiro equipamento começou a operar no Albert Einsten no final de fevereiro, e atualmente, outros hospitais de referência nacional também estão adotando a tecnologia. A URC teve os quatro primeiros equipamentos instalados em maio e, hoje, são 16 já instalados que reduzem a quantidade de vírus em circulação no ambiente onde estão internados.

 Também foram comprados monitores, bombas de infusão, oxímetros com investimento de R$ 310 mil. Outros mais de R$ 783 mil foram investidos em equipamentos de proteção individual e higienização.

 POLOS DE COVID – R$ 1.479 milhão

 Desde o início da pandemia, o município também estruturou a rede básica para o atendimento de sintomas mais leves de coronavírus – UBS do Jardim Novo Horizonte; UBS do Jardim Boa Vista; UBS do Jardim Nova Europa e UBS do Jardim Morro Azul. A Prefeitura já mantém a estrutura das quatro unidades polo de atendimento, mas precisou ampliar e, desde o início da pandemia, investiu R$ 1.479 milhão.

 TESTES RÁPIDOS – R$ 2.753.364

 Foram comprados 20.000 testes rápidos e outros 2.000 RT-qPCR (cotonete). Outros 11.540 testes rápidos foram doados pelo governo federal.

 MEDICAMENTOS E INSUMOS – Mais de R$ 1,300 milhão

 Apenas com medicamentos para pacientes com coronavírus, até o dia 31 de julho, foi investido R$ 969.277,50. Os medicamentos usados no tratamento de internados na URC não estão dentro deste valor. Estes são apenas para os pacientes atendidos ambulatorialmente.

 Estão inclusas compras de Paracetamol, comprimidos e frascos, de  Acetofenido Fluocinolona 0,275 mg Sulfato e Neomicina 3,85mg Cloridrato Lidocaina 20mg, entre outros, como Enoxaparina Sódica, Dexametasona e Azitromicina, mas também os chamados off label (indicado para tratamento diferente do indicado na bula), como Sulfato de Hidroxicloroquina e Ivermectina. Entre compra e doação, foram 9 mil comprimidos de Hidroxicloroquina e 100 mil comprimidos de Ivermectina.

 O prefeito ressaltou que o que cabe ao município está sendo feito. Os medicamentos são disponibilizados. Cabe aos médicos prescrever os medicamentos.

 OS 34 MILHÕES

 O valor de R$ 34.302.771 foi autorizado pelo Senado em maio, sendo R$ 29.869.161,34 para fazer frente (compensar) às quedas de arrecadação decorrentes da pandemia de coronavírus e da consequente paralisação da atividade econômica. Os valores são depositados direto na conta da Fazenda, e não da Saúde.

 O município tinha uma previsão orçamentária no primeiro semestre de receber R$ 413 milhões, mas arrecadou R$ 340 milhões – uma frustração de receita na ordem de R$ 73 milhões), e R$ 4.433.610,62 para Saúde e Assistência Social.

 É importante lembrar que o valor total está previsto ser repassado em quatro parcelas: 09 de junho – R$ 8.489.936,06 (R$ 1.108.402,65 para Saúde e Assistência Social, e R$ 7.467.402,65 geral). Em 13 de julho, foi repassado o mesmo valor e para as mesmas designações. Os próximos repasses – com os mesmos valores e designações – serão feitos em 12 de agosto e 11 de setembro. (Da redação portal Notícia de Limeira)


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