Por: Renan Isaltino | Publicado em 5 de outubro de 2020

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 Foram produzidos itens como beliches, prateleiras e casinhas para gatos; ação busca expandir potencial criativo dos reeducandos

 Desde o 21 de setembro, o gatil do Centro de Detenção Provisória (CDP) “Dr. Félix Nobre de Campos”, de Taubaté, está com nova decoração. Os detentos da unidades da Penitenciária II de Potim, que trabalham na confecção de casinhas para cães abandonados, produziram e doaram dez prateleiras de madeira desenvolvidas para acomodar gatos.

 A iniciativa de criar peças para os felinos tem como objetivo expandir o potencial criativo dos detentos, que já dominam as técnicas de marcenaria e de pintura. Os paletes de madeira, matéria-prima do projeto, chegam ao presídio por meio de parcerias com empresas que precisam descartar o material. A tinta e outros apetrechos da produção foram doados pela sociedade civil ou por ONGs e outras entidades.

 Oito presos do regime semiaberto participam da atividade e recebem remição de pena pelo trabalho realizado. “O modelo e as medidas das prateleiras foram encaminhados por membros do Conselho da Comunidade da Vara da Execução Criminal (CCVEC) de Taubaté, então, a única coisa necessária para fabricar os itens foi o talento dos reeducandos”, afirma o diretor-geral da unidade de Potim, Gustavo Henrique Costa.

 O diretor explica que a peças são desenvolvidas em coleções sob demanda para doações especiais. Além do gatil no CDP, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Taubaté também recebeu acessórios para gatos. A ação aconteceu em meados de agosto e foram doadas 21 peças, entre prateleiras, beliches e casinhas de madeira.

 Cachorros

 A responsabilidade com o bem-estar animal está presente em presídios do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Além da Penitenciária II de Potim, os presos do CDP “Dr. José Eduardo Mariz de Oliveira”, de Caraguatatuba, e do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) “Dr. Edgard Magalhães Noronha”, de Tremembé, produzem casinhas para cães abandonados como atividade laborterápica.

 As doações são organizadas pela ONG Patas Pela Inclusão e pelo CCVEC de Taubaté. A ação acontece em feiras de adoção dos cães que estão abrigados no canil da Penitenciária I “Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra”, de Tremembé.

 Entidades que cuidam de animais também recebem as peças. Em setembro, os presos de Potim produziram doze casinhas para o Santuário de Pachamama, recinto em Cunha que recolhe cães abandonados. “O engajamento dos presos é total, são verdadeiros artistas”, afirma Márcia Toledo, integrante do CCVEC e do Patas Pela Inclusão. (Da redação portal Notícia de Limeira)

 Imagem: Divulgação / Governo de SP


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