Por: Renan Isaltino | Publicado em 7 de outubro de 2020

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 Em julho, o grupo de trabalho já havia identificado queda da qualidade da água do Rio Jaguari pela redução da vazão

 Desde o ano passado, a Prefeitura de Limeira constituiu um grupo de trabalho para fiscalizar e estudar a situação hídrica do município. Este grupo é formado por técnicos das secretaria de Meio Ambiente e Agricultura, e de Obras e Serviços Públicos, além da concessionária BRK Ambiental.

 Diversos relatórios foram produzidos e alguns com apontamentos de melhorias que já foram executadas pelo próprio município, como a reforma do monge da Represa Paraíso. Monge é uma estrutura que utiliza concreto e tábuas ou simplesmente madeiras que, no caso, evitou a perda de água e ampliou o represamento. Antes mesmo do grupo de trabalho, estas ações já eram realizadas pelas pastas de Obras e Meio Ambiente.

 A partir dos apontamentos deste grupo de trabalho, também foi feita a manutenção de vertedouro, plantio de árvores em áreas de preservação permanente (APPs) em toda bacia de produção de água, desassoreamento de represas.

 Paralelamente, um plano foi elaborado para reativação de diversas represas do município, o que exige investimento. Tratativas já foram iniciadas. A vazão dos ribeirões dos Pires, Pinhal e Tabajara é constantemente monitorada com apresentação de dados técnicos.

 Os relatórios de fiscalização do grupo de trabalho também mostram a atuação do município, enquanto poder concedente, com relação à concessionária desde o ano passado até este período em que a situação hídrica se agravou pelo clima seco e onda de calor. Em novembro de 2019, o município já discutia com a BRK Ambiental sobre o estudo realizado pelo grupo e a concessionária também apresentou procedimentos adotados na época da crise hídrica em 2014.

 QUEIMADAS

 Em julho, o grupo de trabalho já havia identificado queda da qualidade da água do Rio Jaguari pela redução da vazão. Por isso, sifões na Represa Paraíso foram sugeridos como alternativa no período de estiagem que estaria por se agravar.

 O que também pode influenciar no agravamento é a ação humana. No início de setembro, o grupo identificou área de queimada de 7 mil metros quadrados, sendo em muitos pontos provocados por “churrasqueiras de chão”, próximo à bacia do Ribeirão Tabajara, que é a mais importante fonte de água bruta para abastecimento do município. Queimadas nestas regiões também podem comprometer o abastecimento de água. Providências foram determinadas pela Prefeitura.

 Recentemente, o Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) informou oficialmente que eventos extremos estavam alterando o comportamento das chuvas e da disponibilidade hídrica e a Prefeitura de Limeira determinou outras medidas técnicas que pudessem aumentar a vazão da água.

 REUNIÃO

 Estas e outras ações serão expostas na reunião de urgência convocada pela Prefeitura de Limeira para esta terça-feira (7), às 17h, com a presença de representantes da Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (ARES-PCJ), do Consórcio PCJ, da concessionária BRK Ambiental, do Poder Legislativo, do Executivo e entidades representativas da sociedade civil. O Consórcio PCJ também apresentará um estudo da situação hídrica de toda a região e providências deverão ser determinadas. (Da redação portal Notícia de Limeira)


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