Por: Renan Isaltino | Publicado em 20 de outubro de 2020

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 Há pelo menos 20 dias, a taxa de ocupação de leitos tem ficado em torno de 40% para menos, o que deu segurança para a decisão

 A desaceleração do número de internações na Unidade de Referência Coronavírus (URC) levou a Secretaria de Saúde, com o suporte do grupo técnico, a tomar medidas estabelecidas conforme o planejamento do enfrentamento à Covid-19. O espaço do centro cirúrgico, que desde julho serviu como um dos setores de UTI da URC, será devolvido ao Hospital Humanitária para a retomada das cirurgias eletivas, como de hérnia e vesícula.

 O secretário de Saúde de Limeira, Vitor Santos, e o diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari, justificam a medida apoiados no monitoramento diário das internações. Há pelo menos 20 dias, a taxa de ocupação de leitos tem ficado em torno de 40% para menos, o que deu segurança para a decisão.

 Na primeira quinzena de setembro, a ocupação da UTI estava entre 60% e 70%. Na segunda quinzena, entre 60% e abaixo deste índice. Neste mês, baixou de 50% para menos de 30% nos últimos dias.

 HISTÓRICO

 A URC começou a funcionar em abril com 22 leitos de UTI e um Pronto Atendimento (PA). Houve consenso com os hospitais para concentrar num mesmo espaço os pacientes com Covid-19 e, desta forma, reduzir o contágio a outros pacientes.

 Com a aceleração de casos, o número de leitos de UTI subiu para 31 e foi criada a enfermaria – mais 39 leitos. Além disso, quatro unidades básicas de saúde (UBS) se transformaram em polos de referência para pacientes com síndrome gripal.

 No início de julho, com o início do pico de transmissões, o monitoramento da Saúde mostrou a necessidade de ampliar a assistência: a URC passou a ter duas portas de entrada de pacientes e foi montado o Ambulatório de Referência Coronavírus (ARC) ao redor da Humanitária. No total, os leitos chegaram a 101, sendo 41 de UTI, 48 clínicos e 12 de suporte ventilatório.

 O plano de contingência previa a utilização de leitos dos hospitais, o que ocorreu em algumas situações e, ainda, o encaminhamento de pacientes ao Hospital Regional de Piracicaba. Isso não foi necessário. A estrutura organizada em Limeira suportou o pico da pandemia, registrada no final de julho e início de agosto, o que, na prática, não deixou nenhum paciente sem atendimento.

 Com o passar dos dias, o monitoramento indicou menor demanda nas UBSs, que retomaram o atendimento normal. No início deste mês, o atendimento ambulatorial do ARC passou a ser realizado na URC e, agora, os dados estabilizados levam a mais um avanço, que é a devolução, inicialmente, do espaço do centro cirúrgico. Serão devolvidos também nove leitos de enfermaria, necessários para o pós-cirurgia. Porém, esse trabalho vem sendo feito com critérios rigorosos e, principalmente, com o respaldo do grupo técnico.

 COMO VAI FICAR A URC

 Com média de 13 internados por dia na UTI, os leitos passarão dos atuais 41 para 30. Na enfermaria, serão 36 leitos clínicos – eram, até então, 48. Com menor número de leitos, naturalmente as taxas de ocupação diárias serão um pouco maiores. Mesmo assim, a continuar neste ritmo, o secretário afirma que os índices se manterão dentro de uma margem de segurança.

 Os leitos não serão transferidos da Humanitária. Se necessário por uma eventual nova onda de transmissões, a estrutura será retomada de forma imediata. (Da redação portal Notícia de Limeira)


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