Em 2017, a Prefeitura de Limeira foi procurada por um arquiteto e urbanista que estava em contato com o proprietário do local para entender qual era a intenção para a área
O projeto que prevê investimentos da iniciativa privada nos antigos imóveis da “Refinaria de Açúcar União”, nos bairros Boa Vista e Vila Camargo, avançou para uma nova fase. Com uma nova parceira do Grupo HBS Participações, a Direcional, uma das maiores construtoras do País, por meio da empresa Riva, protocolou novos projetos na Prefeitura de Limeira no início deste mês.
A Riva é responsável pela parte residencial do Cidadela União, como é chamado o complexo a ser implantado no local, que também terá estabelecimentos comerciais, áreas de lazer e também abrigará a nova rodoviária.
Entenda o histórico de um dos maiores projetos que trará desenvolvimento em grande área que ficou por décadas inutilizada:
– Em 2017, a Prefeitura de Limeira foi procurada por um arquiteto e urbanista que estava em contato com o proprietário do local para entender qual era a intenção para a área, já que existia um grande potencial de uso. À Prefeitura, coube esclarecer sobre a zona de intervenção estratégica a qual a área integra. Com a apresentação da ideia para o local, foram iniciados estudos pela Secretaria de Urbanismo que, mesmo antes, já analisava a possibilidade de implantar a nova rodoviária – um Terminal Intermodal de Passageiros – no local.
– Quando surgiu a proposta de um empreendimento, foi possível encaixar a proposta de construção da rodoviária como contrapartida, já que a implantação do empreendimento demandará uma série de intervenções e, por isso, como consta em lei, o empreendedor devolve com melhorias em benefício da coletividade.
– As tratativas avançaram com diversas reuniões e resultaram no projeto de Lei Complementar 817/2018. O texto foi encaminhado para análise e discussão do Complan, que aprovou o texto e depois foi para a Câmara, onde passou por todas as comissões até ser aprovado. O projeto contemplou os parâmetros urbanísticos para a área, assim como a possibilidade de outorga onerosa do direito de construir (com definições previstas no Plano Diretor) e foi definido, como contrapartidas/compensações obrigatórias a nova rodoviária, que deverá ser construída na Via Antônio Eugênio Lucato, a Marginal Tatu.
– Além da rodoviária, o empreendedor também deverá implantar um parque linear sob o eixo de um córrego canalizado, o Córrego Lazaretto. Análises sobre nascentes na área, assim como todos os cuidados com a preservação ambiental, também foram feitas e constam neste processo. Com a lei aprovada, foram definidos prazos para o empreendedor protocolar os projetos, tanto de ocupação da área da antiga União como da nova rodoviária e do parque.
– Outra contrapartida aprovada pelo Complan e o Legislativo foi que, para a implantação, o empreendedor deve destinar 100 unidades da parte residencial para o programa de habitação de interesse social.
– A partir da publicação da lei foram protocolados os projetos do parque e da rodoviária, todos analisados por técnicos de diversas áreas da Prefeitura – Mobilidade, Desenvolvimento, Urbanismo, Meio Ambiente. A proposta do empreendedor é que a rodoviária seja integrada à área, que deverá também ter, futuramente, estabelecimentos comerciais.
– No início deste ano, foram protocolados vários processos de diversas partes do empreendimento, inclusive para dar início ao estudo de impacto de vizinhança, de desdobro, de tráfego, e outros. Com a pandemia, o andamento ficou suspenso até recentemente, com o protocolo de um novo processo. Desta vez, com um novo parceiro para o empreendimento. (Da redação portal Notícia de Limeira)