Por: Renan Isaltino | Publicado em 5 de julho de 2021

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 Folhetos informativos começam a ser distribuídos a todos os imóveis da cidade

 O primeiro semestre de 2021 terminou com o mais baixo volume de chuvas registrado em Limeira desde 2014, ano da pior crise hídrica vivenciada na região sudeste. Desde o início do ano, de janeiro a junho, a cidade tem um acumulado de 556 milímetros de chuva, de acordo com dados do monitoramento pluviométrico do rio Jaguari, responsável pela captação da água que abastece a cidade, e da Estação de Tratamento de Água (ETA) do município. Neste ano, já foram seis meses consecutivos com o volume de chuvas abaixo das médias climatológicas históricas.

 O mês de junho teve o registro de apenas 19 milímetros de chuva na cidade. Esse índice pluviométrico é 77% inferior ao registrado em 2020, quando no mesmo mês foram contabilizados 81 milímetros de chuva. No comparativo com o volume médio esperado para junho, que é de 42 milímetros, a redução é de 55% nas chuvas de 2021.

 A escassez antecipada impacta diretamente os níveis dos mananciais de captação. Em Limeira, um decreto municipal foi emitido de maneira preventiva possibilitando o uso da água da represa Salto do Lobo diante de um agravamento das condições dos atuais mananciais, que são o rio Jaguari e o ribeirão Pinhal, seja por conta da redução de seus níveis ou pela qualidade da água bruta.

 Na região, o Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) já reativou o mesmo grupo de trabalho de estiagem que atuou na crise hídrica de 2014, devido às dificuldades que a falta de chuvas pode trazer (e, em algumas cidades, já traz) ao abastecimento dos 76 municípios que integram a bacia, e onde Limeira está parcialmente inserida.

 “O baixo volume de chuvas já era esperado para o outono, mas, neste ano, os índices pluviométricos são menores desde o verão, quando costuma chover mais. Como não tivemos uma boa recarga dos níveis dos reservatórios e lençol freático no período que deveria ser chuvoso, a chegada recente do inverno, que é a estação mais seca do ano, coloca toda nossa região em estado de alerta”, explica Rogério Lima, gerente de operações da BRK Ambiental em Limeira.

 O gerente informa ainda que a concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto na cidade trabalha, desde os primeiros meses do ano, com medidas de um plano de contingência para o enfrentamento desses períodos mais secos.

 “Nossas ações vão desde a substituição de redes – com frentes de trabalho atualmente na Vila Queiroz, Vila Cláudia e Jardim Ouro Verde – combate a vazamentos, até investimentos na ampliação da reserva de água tratada e adoção de novos processos para a garantia da qualidade da água distribuída à população. O plano prevê medidas e investimentos que decorrem desde a captação, ao tratamento e à distribuição de água na cidade”, destaca Lima.

 A BRK Ambiental também já iniciou a campanha “Jogando junto pela água”, para incentivar a população a fazer o consumo consciente. A ação reforça a importância da mobilização dos moradores, mostrando que pequenas ações individuais podem trazer resultados coletivos.

 “A proposta é que cada um reflita sobre o seu consumo e pratique o uso consciente, para evitar uma condição mais restritiva em relação ao recurso na cidade. Neste momento, estamos todos convocados – concessionária e população – para um grande time que vai jogar pelo bem-estar de todos na estiagem deste ano”, explica o gerente.

 A campanha de conscientização está com divulgações em redes sociais e, a partir desta semana, foi ampliada com o início da distribuição de folhetos informativos sobre o tema. Até o final de julho, todos os imóveis de Limeira receberão o material com dicas importantes sobre como evitar desperdícios de água durante esse período mais crítico da estiagem.

 “Jogando junto pela água é uma iniciativa planejada para levar esclarecimento e conscientização à população. Esperamos contar com o apoio de todos com mudanças de hábitos necessárias e de forma prioritária a partir deste mês em que, de fato, a estiagem tende a se agravar”, destaca Lima. (Da redação portal Notícia de Limeira)


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