Por: Renan Isaltino | Publicado em 26 de julho de 2021

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 O projeto traz uma obra de arte abstrata com peças baseadas no estilo de grafitti “WildStyle”, na caixa d’água presente no local

 A Praça Coronel Flamínio, conhecida por sediar o Museu Major José Levy Sobrinho e a Escola Municipal de Cultura e Artes “Maestro Mário Tintori”, passa a ter mais cor a partir desta segunda-feira (26). Nesta data, o artista Paulo Medo inicia o projeto “Arte Fora da Caixa”. A iniciativa é da Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria de Cultura. O projeto traz uma obra de arte abstrata com peças baseadas no estilo de grafitti “WildStyle”, na caixa d’água presente no local. Há 18 anos na linha de frente do grafitti, Medo é arte educador, formado em Artes Visuais e Licenciatura. Ministra ainda aulas em projetos sociais e culturais, nos quais ensina as técnicas do grafitti.

 A iniciativa baseia-se na inserção da arte do grafitti em um ambiente público, como é o caso da conhecida “Praça do Museu”, a fim de democratizar e facilitar o acesso à arte e ao trabalho do artista. “A Secretaria de Cultura tem o objetivo de promover ao público limeirense o fácil acesso à cultura de qualidade. Com o grafitti não é diferente. Graças ao trabalho do artista Paulo Medo, os munícipes podem admirar esta obra de arte a céu aberto”, explicou o secretário de Cultura, José Farid Zaine.

 “Pela caixa d’água ser em um ponto estratégico, no Centro da cidade, o espaço agrega como ponto cultural, pois o pessoal que passa pode visualizar o projeto, já que muitos não têm um bom acesso à uma exposição de arte urbana. Só de estarem em um ponto de ônibus ou passeando pela cidade, já estão vivenciando arte de alguma forma. É muito gratificante, como artista, passar essa mensagem para as pessoas”, disse Medo.

 SOBRE A OBRA

 De acordo com o artista, o estilo de grafitti “WildStyle” nasceu na cultura hip-hop nos Estados Unidos, na década de 80. O conceito é formado por letras entrelaçadas e coloridas. É rotineiro aqueles que a observam não conseguirem definir o que está escrito, mas cada artista imprime sua identidade visual, sendo reconhecido apenas pelo estilo de sua letra e cores utilizadas.

 Tendo trabalhado com o “WildStyle” há alguns anos, o artista Paulo Medo passou a utilizar a base técnica e fragmentos abstratos inspirados no estilo em diversos suportes, como telas, portas, cadeiras e outros objetos.

 Com os anos, a arte de rua passou a se tornar mais presente no dia a dia das pessoas e ser vista de uma forma menos marginalizada, de modo que, hoje, as pessoas procuram artistas para obter peças personalizadas e cheias de estilo e os grafittis vêm transformando as cidades em verdadeiros museus a céu aberto. (Da redação portal Notícia de Limeira)


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