Por: Renan Isaltino | Publicado em 6 de setembro de 2021

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 Data é celebrada em 5 de setembro para homenagear a maior floresta tropical do mundo

 Neste domingo (05) foi celebrado o Dia da Amazônia. A data comemorativa acontece desde 2008 e foi instituída pela lei federal 11.621/2007, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da maior reserva natural do planeta.

 O bioma é fundamental para o equilíbrio ambiental e climático do mundo. Inclusive, a Amazônia tem grande relevância para o Estado de São Paulo, já que ela influencia o regime de chuvas na região.

 No entanto, algumas atividades econômicas ilegais praticadas na Amazônia, entre elas extração de madeira, agricultura, pecuária e mineração, têm causado desmatamento e enormes impactos em todo o Brasil.

 Atualmente, a floresta está ameaçada por constantes desmatamentos ilegais, muitas vezes decorrentes de queimadas, afetando não só a fauna e flora, como também causando desequilíbrio climático e ambiental.

 De acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), neste mês de agosto, a Amazônia registrou 28.060 focos de calor (incêndios), o terceiro maior índice para o mês desde 2010, perdendo apenas para 2019 e 2020.

 Ademais, sem a cobertura de mata no solo, a água tende a escoar para os rios mais rapidamente sem cumprir seu ciclo de evaporação e transformação nos “rios voadores”, nascidos na Amazônia, mas que auxiliam no abastecimento de reservatórios no Sudeste e Centro-Oeste.

 Em São Paulo, de acordo com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), no dia 29 de agosto, o manancial da Cantareira estava com 37% do volume operacional, Alto Tietê com 44% e Guarapiranga com 49%. O Sistema Produtor do Alto Tietê, por exemplo, registrou em agosto quantidade de chuva 31% menor que a média histórica.

 Dessa maneira, a crise hídrica foi classificada pelo ministro de Minas e Energia do Brasil, Bento Albuquerque, como a pior dos últimos 91 anos, segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) – órgão que coordena e monitora a produção energética no país. “Nos últimos sete anos, os reservatórios das hidrelétricas receberam um volume de água inferior à média histórica”, admitiu a entidade.

 Com a falta de chuvas, a alternativa do governo foi reativar as termelétricas de forma emergencial. No entanto, as usinas são mais caras e custarão cerca de R$ 9 bilhões aos consumidores, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

 Com vigência a partir do dia 1° de setembro de 2021 até o dia 30 de abril de 2022, o novo valor da taxa extra é de R$ 14,20 pelo consumo de 100 kWh, segundo anúncio de terça-feira (31). Até então, o valor cobrado era de R$ 9,49.

 “Tendo em vista o déficit de arrecadação já existente, superior a R$ 5 bilhões, e os altos custos verificados, destacadamente de geração termelétrica, foi aprovada determinação para que a Aneel implemente o patamar específico da Bandeira Tarifária, intitulado ?Escassez Hídrica?, no valor de R$ 14,20 kWh”, anunciou André Pepitone, diretor-geral da Aneel, em coletiva.

 Exemplificando, a tarifa média no Brasil é de R$ 60. Somando a bandeira tarifária válida anteriormente, a conta ficaria em R$ 69,49. Com o novo valor, a conta sobe, no exemplo, para R$ 74,20, um aumento de 6,78%.

 “Se não vierem chuvas, a gente deve ter problemas no futuro”, disse Emerson Martins Moreira, analista de sistemas da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), durante evento promovido pela IEA-USP (Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo). (Da redação portal Notícia de Limeira)

 Imagem: divulgação/Alesp


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