Por: Renan Isaltino | Publicado em 28 de janeiro de 2022

Compartilhe

 Modernização do setor permite que as distribuidoras estaduais tenham seus mercados atendidos por novas supridoras de gás natural, além da Petrobras

 Em mais um avanço rumo a um mercado de gás natural aberto e competitivo, o Governo Federal lançou, nesta quinta-feira (27/01), em Porto Velho (RO) o programa de abertura do mercado de gás de Rondônia. A modernização do mercado de gás no país tem se tornado possível com iniciativas como o programa Novo Mercado de Gás e a sanção presidencial do novo marco legal do gás natural.

 A Lei do Gás, sancionada pelo Presidente Jair Bolsonaro em abril do ano passado, abriu caminhos para a criação de um novo mercado, instituindo normas para a exploração das atividades de escoamento, tratamento, processamento, estocagem subterrânea, acondicionamento, liquefação, regaseificação e comercialização de gás natural.

 Assim, as distribuidoras estaduais podem ter seus mercados atendidos por novas supridoras de gás natural, além da Petrobras. A medida busca atrair novos investimentos para o setor e incentivar a concorrência no mercado de gás, abrindo a possibilidade de redução do preço final do produto. Objetiva, ainda, o uso mais eficiente das infraestruturas existentes. De acordo com o governo do estado de Rondônia, há empresas que já manifestaram interesse em investir na exploração de gás no estado.

 A abertura do mercado de gás natural na região deve potencializar a exploração de gás na bacia dos rios Solimões e Amazonas, na Região Amazônica. De acordo com a Eneva, empresa que comprou o campo da região da Bacia do Rio Amazonas, a produção de gás natural teve início em 2021, com a exploração do campo de Azulão. Há ainda a perspectiva de exploração do gás no campo de Juruá, na Bacia do Solimões.

 De acordo com o Ministério de Minas e Energia, os benefícios da medida não impactam apenas a indústria local, mas também toda a população, que poderá aplicar mais esse combustível para uso veicular, residencial ou comercial. Ainda de acordo com a pasta, o aumento da produção também pode contribuir para a redução do preço do gás de cozinha.

 O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, comentou o panorama de atração de negócios e de geração de emprego e renda em razão do novo mercado de gás natural. O produto tem aplicações na geração de energia elétrica, na indústria, nos transportes e no setor de serviços.

 “Antes, não se tinha acesso a toda a infraestrutura de gás natural porque havia no país, por muitos e muitos anos, um monopólio que era realizado pela Petrobras, que não tinha condições, até por questões de recursos para investimento, de prover o melhor serviço. Esse novo marco legal de gás propiciou que novas empresas, novos agentes participassem do processo. Até o ano passado, só tínhamos uma empresa que era a Petrobras, agora temos sete empresas”, detalhou Bento Albuquerque.

 Outra iniciativa federal que contribui para a abertura do setor do gás no país é o programa Novo Mercado de Gás, lançado pelo Presidente Jair Bolsonaro em julho de 2019, que abrange medidas para todos os elos da cadeia de valor do gás natural, desde o escoamento da produção até a distribuição, respeitando a competência dos estados para a regulação dos serviços locais de gás canalizado. Considerando essa competência, além de Rondônia, outros estados estão atualizando a legislação com avanços na direção do Novo Mercado de Gás. Estados como Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Ceará já se adequaram. (Da redação portal Notícia de Limeira)


Compartilhe

Comentários

comentários